quarta-feira, 19 de março de 2008

Quando é que Fazem Passadeiras para Ovinos?!


Caminho por Mundos vazios
Com Mares de Olhos vendados
Avisto sombras nos olhares,
Arrastos de movimentos sentados.
Vontade absurda de olhar para trás,
Encaro os demónios à minha frente,
Fazendo do futuro meu capataz,
E dos meus sonhos acordo demente.
Se ao Menos vivesse de quimeras
Faria do vento o meu ouro
E do tempo presente, Primaveras
Com um destino vindouro.
Acordo, e consigo compreender
A existência alvoraçada
De guerreiros falhados
Que combatem pelo que não existe,
A Estrada.
Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Carlos Rodrigues

1 comentário:

Anónimo disse...

"Quando é que fazem passadeiras para ovinos?!"


Quando os ovinos urbanos se manifestarem sobre o assunto...o facto, penso eu, é que as pessoas ovinas que moram nas cidades já estão tão habituadas a coabitar com as pessoas humanas que não se importam de partilhar a mesma passadeira, ou todo e qualquer outro espaço...
Quantas vezes não me sentei eu já com uma ovelha à mesa de um café? E enquanto falo com ela, ela me espreita de cima do seu jornal... Ou quando estou com pressa na fila de um supermercado e a ovelha à minha frente me dá a vez?

Pois é, seja qual for a estrada, rural ou urbana, há sempre ovelhas a caminhar ao nosso lado...

Pedradas ou não...
Negras ou brancas...
Ou até com falhas de lã coitadinhas...


Whatever...


bj para a stoned sheep