quinta-feira, 20 de março de 2008

Actos teatrais, Reinos encantados, Bruxas más...E Ovelhas!


A aparência não engana, eis que nos aparece à frente um mundo de texturas, campos verdejantes, um arco Íris recortado pelas cores do céu e do sol e um Castelo...Whoaw um enorme Castelo!
Pela Corte Real passeia o rei, a sua vida resume-se à caça, à sua poltrona real e às ordens que não variam muito entre mandar decapitar ou enforcar alguém. A sua vida sexual é pouca ou nenhuma, e talvez por isso a rainha tenha sempre aquela cara de enjoada. A rainha geralmente é muda ou fala muito pouco, mas aquilo que diz normalmente é suficiente para percebermos que não sabe mais do que uma criança de 10 anos. Para completar o ambiente familiar, a jovem princesa loira: é burra, estúpida e inocente, mas com pais assim quem não seria? Está prestes a viver o amor da sua vida. A verdade é que ainda não conhece o príncipe, mas já se sente incrivelmente apaixonada. Todos Juntos habitam no Castelo. Tendo em conta a arquitectura, diria que os reis tiveram que hipotecar as Pirâmides do Egipto ou então foram ao BES para o poderem construir.
A narrativa normalmente não é linear, por isso vamos passar à acção do príncipe. Digamos que equivale ao Sex Simbol dos tempos modernos, Desbrava florestas com a sua espada para poder entrar no Reino Encantado, que invariavelmente tem os acessos cortados. Ainda não sabe muito bem porquê mas cavalga naquela direcção. Sonhou, só pode. Mas o que ele não espera é a intervenção da bruxa má, a vaca lá do sítio que não pode ver ninguém feliz. A bruxa nunca ouviu falar da corporacion dermoestetica, veste-se com os cortinados de casa ou com panos de cozinha que encontrou no lixo, a sua voz não disfarça a aguardente que bebe todos os dias pelas 7 da manhã. Ela é o principal entrave ao amor que está prestes a acontecer entre o príncipe e a princesa.
Aparece então uma ovelha que fuma o seu cigarro, deitada na sombra de um sobreiro. Assiste a todo este acto teatral de extrema futilidade. Decide agir em nome da verdade, para extinguir todos os artifícios e fantasias que iludem as pessoas. Vai à tosquia e vende a sua lã. Com os lucros processa a indústria dos sonhos e o Reino Encantado desaparece.

O Arco íris, o Céu e o Sol deixaram de existir. A Ovelha não tinha Lã, Morreu de Frio...
Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Carlos Rodrigues

1 comentário:

Anónimo disse...

HEIN????????? Oo

ora aqui está um verdadeiro "stoned text"...

o meu único sentimento depois de ler isto é de pena... da pobre da ovelha que tinha calvice e morreu de frio!

essa ovelha precisava de um burro! sim, porque o bafo de um burro é o melhor dos aquecedores...e é amigo do planeta porque não gasta energia eléctrica!

Burros salvadores de ovelhas ao poder!