terça-feira, 18 de março de 2008

Nós, os Assassinos


Existem duas características comuns a todos os indivíduos da nossa sociedade: manipulados e assassinos. Existe o apanágio da denominação “animais racionais”, isto por causa da crença que dita que agimos segundo a nossa razão. Contudo essa razão começa a ser-nos imposta á nascença, imposta pelas leis pelas quais o sujeito se deve reger, ou seja há uma manipulação que nos torna seres que querem que nós sejamos de acordo com a sociedade em que estamos inseridos.
O mundo mergulha no caos, e essa crise deve-se essencialmente às leis e às diferenças existentes entre as sociedades. Até que ponto os valores que nos impõem nos tornam seres como quaisquer outros, que matam para sobreviver? O Caos a que assistimos é semelhante ao Estado Natural de qualquer agrupamento animal, com a agravante de nós podermos afirmar que passámos séculos a construir sociedades para que o resultado da sua organização fosse nulo. A sociedade que nos educa manipula-nos e cria assassinos que educarão outros assassinos. Podemos ir mais longe e defender que aquele que mata por instinto é o mais sensato dos assassinos, porque é aquele que age segundo o senso comum, em detrimento das “ordens” que recebe e simplesmente ignora. Condena-nos aquele, que nos “contratou” para cometer um crime. Os conceitos de nato e inato cruzam-se aqui e até se confundem, mas são ambos reflexos da mesma dimensão: Uma existência humana completamente descontrolada.
Que valores são estes que nos destroem?
Texto: Carlos Rodrigues
Foto: Carlos Rodrigues

Sem comentários: