terça-feira, 26 de maio de 2009

O Vento e o Baloiço

Um baloiço desusado levitava
Com a toada serena do poema
Que o vento lhe contava…
Quem outrora ali se tinha sentado
Já o tinha esquecido
E o Pobre foi abandonado
Muitos anos se passaram,
Até que um dia reparou,
O ventou passou…
E sentiu um arrepio
“Que será isto?” pensou
E o vento assobiou
“Não trago estio”
“Quem és tu então?”
Perguntou enquanto baloiçava
“Não sou ilusão”
O vento soprava...
“Percorri Terras e Mares,
Mentiras é tudo o que oiço
Dizem que sou mau conselheiro
Prefiro empurrar um baloiço”


Texto: Carlos Rodrigues

1 comentário:

Menina Ochoa disse...

Adorei o poema Carlos está fantástico! =)
Adorei a personificação dos elementos e toda a melancolia que existe em torno das coisas abandonadas! =)
Beijocas