Após ler os comentários tecidos ao meu primeiro post e de ter reunido algumas críticas dos milhares de leitores deste blog observei com bastante agrado que desiludi as já de sí baixas expectativas, o que foi um dos meus principais objectivos. Passo a explicar o porquê deste objectivo um tanto ou quanto estranho: o caro leitor, depois de ler o post "Pensamentos Profundos à Superfície...", não esperará com toda a certeza que eu consiga produzir nenhum texto melhor que o anterior porque pensa que não tenho capacidade para tal, nem espera "nada" pior porque as suas expectativas são nulas e depois de ler o texto em questão sabe certamente que não poderá haver nenhum tema pior para se falar. Estou portanto completamente livre de pressão pois a partir daqui só poderei melhorar.
Isto era apenas uma jogada tá(c)tica da minha parte e serviu como ponte de lançamento para então poder maravilhar o fantástico leitor com um novo post surpreendendo-o pela positiva, ao escrever um texto melhor, e pela negativa, falando num tema mais inútil, vazio e vago que o "nada".
Outro dia fui questionado por um amigo meu sobre o significado de uma palavra que eu tinha acabado de proferir ao qual, após muito hesitar, dei a resposta que me pareceu mais plausível para caracterizar a palavra em questão: "Não significa nada" disse eu, "mas ao mesmo tempo significa tudo". Esta ambiguidade presente na frase anterior tem uma razão de ser, já que a palavra "Nhecos" é de difícil definição por ser uma palavra "fantasma" pois não se encontra descrita na Bíblia de todos os portugueses, o dicionário. Podemos portanto dar-lhe o significado que bem nos aprouver, mas eu, e penso que todos nós, usamos a palavra "Nhecos" para caracterizar alguma situação que nos pareça digna de tal designação. Porém esta palavra não pode designar objectos, não podemos olhar para, por exemplo, um candeeiro e chama-lo "Nhecos" porque nesse caso a palavra perde todo o seu sentido, fazendo-nos parecer uns "tonhós" aos olhos de quem nos ouve.
Em suma, a palavra "Nhecos" é usada apenas para designar situações, a(c)ções, acontecimentos, ou apenas para "encher chouriço" quando não sabemos o que dizer a seguir. Faço apenas o apelo para o leitor não desrespeitar esta bela palavra nem a banalizar utilizando-a "por dá cá aquela palha". E lembrem-se: um "nhecos" bem lançado, é um "nhecos" bem usado.
Não me iría sentir bem ao concluir esta minha dissertação sem antes dar outro conselho daqueles sempre tão interessantes e úteis: "Se não encontrares o teu telemóvel dá-lhe um toque, se tiver sem som olha... nhecos!"
Bem Haja.
Texto: Manuel Valente.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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4 comentários:
nhecos pá!
Será que ninguém ficou sensibilizado com a grande revelação a que estamos a assistir?
Este novo filósofo da treta merece mais atenção... Mas atenção, ser filósofo da treta não é obrigatoriamente mau.
Com isto apenas tento sugerir-te um novo tema.
BOM TRABALHO
AMIGO NHECOS
Manel Valente a revelação do ano...
Bem estou a gostar do teu trabalho, continua a escrever estes maravilhosos textos, ainda te tornas um filósofo de verdade....ehe
bjuh
*Catarina*
Oh homem. Arranja que fazer da vida!! loool
ana p.
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