quinta-feira, 8 de maio de 2008

Phantom


Não está lá mas eu vi-o...falou-me sobre o futuro. Tudo aquilo que dizia não fazia sentido, até dizer que o espaço e o tempo eram reais. Por momentos nao me senti ali, era outra pessoa que ouvia aqueles ecos. Parecia que o meu subconsciente se tinha deslocado do meu corpo. Talvez fantasia ou realidade mas disse-me aquilo que não queria ouvir. Que um dia tudo terminaria. Só tinha que tomar decisões e atitudes que me tornassem imortal no tempo e não no espaço, porque até um simples sorriso pode fazer mudanças radicais. É como o bater das asas de uma borboleta, pode provocar grandes danos.
Tudo aquilo que poderia fazer afectaria aqueles de quem mais gostava, mas sobretudo àqueles que nem imaginava que existiam. Então explicou-me que os sorrisos, as lágrimas, as gargalhadas, os gritos de alegria e tristeza, os saltos, a dança, os abraços, têm que ser partilhados até com o ser mais distante. Ensinou-me que até à pessoa que não queremos que entre na nossa vida por vezes merece um sorriso nosso. "Sorri para o mundo, para o Céu, para os bichos, para as pedras da calçada, para desconhecidos, até para aqueles de quem gostas menos."
Assim provocaria não um dano, mas daria um segundo diferente na vida de alguém.
Sorriu e desapareceu.
Foto: Cláudia Silva
Texto: Cláudia Silva

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