São 02:22 da manhã e estava a preparar-me para dormir quando começo a descortinar em novas formas de tirar algumas fotografias. Hmmm fotografia! É um sonho, assim muito distante, que guardo de um dia poder ser foto jornalista. Não tenho uma grande máquina, nem tiro as melhores fotografias do mundo, não são perfeitas e nem super bem manipuladas, mas chega-me aquele bichinho, aquele vício de fotografar tudo o que se move e não só. Quando era mais nova pensava, “não tenho jeito para desenhar, não tenho jeito para cantar, não tenho jeito para o futebol, não tenho jeito para trabalhos manuais”. Agora posso dizer que, apesar de não ser muito, tenho jeito para fotografar. Aquele dom de guardar em papel aquilo que por vezes a memória não consegue reter.
Nem tudo sai como nós queremos, nem tão pouco vou ser uma grande fotógrafa, mas o facto de poder gravar segundo a segundo um acontecimento significante ou insignificante, faz-me sentir bem. Quando uma foto sai melhor do que todas as outras, contemplo-a vezes sem conta com aquele brilhozinho nos olhos e penso “fui eu”.
É arte, é vida, é paixão. Se pudesse gravava todos os segundos da minha vida com a minha máquina fotográfica. Até lá guardo todas as que tenho, nas paredes, nas mesas, nas molduras, nos quadros…
A fotografia faz parte de mim, é um bocadinho daquilo que sou.
“Não fazemos uma foto apenas com uma câmara, no acto de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos.” Ansel Adams
Foto: Cláudia Silva
Texto: Cláudia Silva